quinta-feira, 3 de abril de 2008

Desenvolvimento Urbano Sustentável: realidade ou utopia?

O planejamento urbano no Brasil, particularmente o nordestino, vem apresentando novos aspectos para serem questionados, chamando atenção para o desenvolvimento sustentável, sugerindo como principal referência para o desenvolvimento das sociedades. Mas, esse padrão nos leva a alguns questionamentos:

· Como conceitos fundamentais se concretizam nas práticas urbanas cotidianas?

· Como aplicar a sustentabilidade no meio urbano?

· Como avaliar o desenvolvimento urbano aliado ao desenvolvimento ambiental?

Os questionamentos socio-ambientais do meio urbano fazem referencia ao binômio urbano-ambiental ou urbano X ambiental, que mostra um novo olhar e vai além de uma simples moda. No início da década de 70 do século passado, sobressaiu o aspecto conservacionista nos discursos que militaram em favor da natureza. Tratava-se de uma visão fixista, cultuava-se o intocado. Buscou-se aliar a preservação ambiental ao desenvolvimento econômico, nascendo assim a noção de sustentabilidade aceita pelos ambientalistas. Assim as discussões conquistaram apoio quando os órgãos internacionais concluíram que não pode existir desenvolvimento sem sustentabilidade.

Na década de 90, as políticas, os métodos e as iniciativas de intervenção formuladas pelos vários setores apresentaram o tema do desenvolvimento sustentável a fim de aplicar o planejamento urbano de maneira planejada, enfatizando a igualdade social, objetivando melhorar as condições de vida da população, colocando o crescimento econômico como uma condição fundamental para que isso ocorra e evidenciando as condições de preservação ambiental como essenciais, mas, principalmente, adotando uma perspectiva de desenvolvimento comprometida com as gerações futuras e com o ambiente ecologicamente equilibrado, conforme preconiza o Art. 225 da Constituição Federal Brasileira/88.

Este texto não pretende responder a pergunta proposta no enunciado, mas sim ampliar as possibilidades para que cada leitor consiga se respaldar e tecer suas próprias conclusões.

Alvaro Meirelles
Biólogo (CRBio 59.479/05-D) e Gestor Ambiental
http://www.grupomeirelles.com/

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