quarta-feira, 19 de março de 2008

Cartão postal Baiano sofre com vazamento de óleo lubrificante ocorrido no Porto de Aratu


Vazamento de óleo ocorrido no Porto de Aratu
Parte 2

(Foto: João Alvarez/Ag. A Tarde/AE)


Porto de Aratu

Empresa norueguesa pode ser multada em 90 dias pelo CRA

A empresa norueguesa, dona do navio NCC Jubail, que derramou óleo no Porto de Aratu no último domingo, 16, deverá pagar multa entre R$ 7 mil a R$ 50 milhões. Este valor será definido pelo Centro de Recursos Ambientais (CRA) após a avaliação do impacto ambiental causado pelo acidente, no prazo de 90 dias, quando sai o laudo da Capitania dos Portos. No sábado, 15, o navio, que estava a serviço da Agência Marítima Granel, se chocou com o delfin de amarração no Porto de Aratu, na Baía de Todos os Santos. Esse choque danificou a lateral do casco da embarcação e resultou no derramamento de cinco mil litros de óleo lubrificante no mar.


Logo após o acidente, técnicos da empresa Hidroclean Proteção Ambiental iniciaram a operação de limpeza utilizando barreiras, mantas absorventes e bomba de sucção. Essa ação rápida impediu que houvesse dano maior ao meio ambiente. Até a manhã desta terça (18) mais de três, dos cinco mil litros de óleo derramados já haviam sido coletados. Os técnicos do CRA estão acompanhando toda a operação de limpeza e coleta do material, desde os primeiros momentos.
As áreas próximas ao porto também foram inspecionadas pelo CRA. Por volta das sete horas da manhã de segunda-feira (17), foi identificada uma mancha próximo a Bananeiras, na Ilha de Maré. A empresa responsável pela limpeza foi acionada imediatamente para efetuar ação de contenção e recolhimento.

Na tarde desta terça-feira, técnicos do CRA sobrevoaram a região, coletaram amostras e constataram que não existem manchas no Porto de Aratu, local do acidente, nem próximo à Praia de Bananeiras, na Ilha de Maré.
Fonte: Ascom/CRA

(www.seia.ba.gov.br/noticias.cfm?idnoticia=3982)


Pela Band News as informações foram noticiadas assim:


17/03/2008 - 11h26Navio norueguês derrama 5 mil litros de óleo na Baía de Aratu
Gabriel NoronhaEspecial para o UOLEm Salvador (Bahia)

Atualizada às 14h15A


Secretaria do Meio Ambiente da Bahia já recuperou 80% dos 5 mil litros de óleo lubrificante que foram derrubados por um navio de bandeira norueguesa no Porto de Aratu, no município de Candeias, a 46 km de Salvador. Parte do óleo derramado ainda permanece próxima à ilha da Maré e os técnicos e ambientalistas tentam evitar que atinja a terra. O acidente ocorreu no final da noite de sábado, quando o navio NCC Jupail bateu em um píer de amarração durante manobra no porto. O navio levava óleo lubrificante e materiais utilizados no refino de petróleo e tinha como destino a cidade de Amsterdã, na Holanda. O choque abriu um rombo de três metros no casco da embarcação, por onde vazaram os 5 mil litros de óleo. A Capitania dos Portos abriu um inquérito para apurar as razões do acidente.


Na manhã desta segunda-feira, técnicos do Centro de Recursos Ambientais (CRA) haviam sobrevoado a Baía de Todos os Santos para avaliar as conseqüências do derramamento os de óleo lubrificante , de bandeira norueguesa, que bateu no Porto de Aratu
Choque contra o píer abriu buraco no casco do navio norueguês NCC JubailNa manhã desta segunda-feira, técnicos do Centro de Recursos Ambientais (CRA) haviam sobrevoado a Baía de Todos os Santos para avaliar as conseqüências do derramamento os de óleo lubrificante , de bandeira norueguesa, que bateu no Porto de Aratu.A diretora-geral do CRA, Beth Wagner, declarou que uma mancha de óleo atingiu a praia de Bananeira, na Ilha de Marés, que pertence ao município de Salvador. "Ainda não sabemos a origem do óleo mas acreditamos que seja deste mesmo navio", disse após sobrevoar a região de helicóptero.Segundo a diretora do CRA, a mancha que atingiu a praia de Bananeira corresponde a 30% de outra mancha, que está represada no píer do Porto de Aratu, localizado na região nordeste da Baía de Todos os Santos. No total, 20 km² foram atingidos. O navio foi cercado por barras de proteção para evitar que o material se espalhasse, e 11 técnicos em segurança ambiental usaram mantas para absorver o óleo e bombeá-lo para dentro de tonéis. "A princípio, a mancha não atingiu praias e manguezais, mas ela estava se deslocando em direção à Ilha de Maré, que fica dentro da Baía de Aratu. Uma equipe de atendimento está indo para lá para analisar a situação", disse Cíntia Levita, coordenadora de emergências do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na Bahia. O óleo derramado causou um impacto visual negativo muito grande. "É um volume considerável de óleo que está recobrindo a lâmina d'água. A extensão da mancha é grande, e o tempo não está contribuindo. Está chovendo e ventando muito na Bahia, o que favorece o espalhamento", afirmou Cíntia. De acordo com a analista ambiental, no entanto, a pequena intensidade das ondulações no local do acidente pode favorecer o trabalho de limpeza da água. "Podemos colocar as barreiras e conter o espalhamento desse produto para podermos absorvê-lo depois", afirmou.


Com a colisão, o navio sofreu danos no sistema de propulsão e está sem condições de se locomover. Segundo o CRA, a Agência Marítima Granel será responsabilizada pelos danos e pode receber multa diária de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.O gerente da empresa, Israel Vasconcelos, informou que o navio sofreu um rombo de três metros de diâmetro no casco e que a embarcação deve ser descarregada completamente em Aratu para execução dos reparos. Ele disse que a operação é segura e não provocará novo derramamento. A Granel irá apurar a responsabilidade pelo acidente antes de se pronunciar oficialmente sobre o caso.O inquérito administrativo aberto pela Capitania dos Portos para apurar as causas do acidente só deve ser concluído em 90 dias. Já o Ibama fará uma visita ao porto ainda nesta segunda-feira para verificar as condições em que foi realizada a operação que causou o acidente. O Porto de Aratu não tem licença ambiental válida, mas está em processo de regularização junto ao órgão. Com informações da Agência Estado


(http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/03/17/ult23u1504.jhtm)

Ilha de Maré – A diretora do CRA, Beth Wagner, explicou que a área do vazamento em torno do navio já está controlada, mas admitiu que em Ilha de Maré a mancha chegou à praia. “Felizmente não se espalhou para a área de manguezais, que existe em torno da ilha, o que seria um dano ainda maior”, disse. Beth explicou, ainda, que junto com a Capitania dos Portos estuda a aplicação de multa que pode chegar a R$ 50 milhões por mês.

O encarregado de operações do Porto de Aratu, Paulo Marcelo dos Santos, explicou que, com o acidente, o movimento no Porto de Aratu fica prejudicado. O porto recebe, em média, cinco navios por dia, a maioria deles vem buscar produtos petroquímicos e derivados de petróleo exportados pelo Pólo Petroquímico de Camaçaçari. São cinco píeres de atracação, dos quais dois são para derivados líquidos, dois de produtos sólidos e um de produtos gasosos químicos.

Imperícia – Segundo operadores portuários em Aratu, o navio se preparava para deixar o porto, em uma manobra de ré, quando colidiu com um dos píeres de atracação do lado direito da embarcação. O navio chegou ainda a avançar alguns metros em direção ao largo do Porto, o que provocou o derrame de óleo hidráulico, que movimenta as máquinas. Além do rombo de mais de três metros de diâmetro, a lateral do navio ficou avariada com o impacto, indicando que, na hora da colisão, ele não parou de imediato. “Isso pode ter sido determinante para o fato de que parte dos cinco mil litros de óleo tenha vazado além das bóias de proteção que foram colocadas em redor da embarcação, avançando em direção à Ilha da Maré”, disse o coordenador de operações Paulo Marcelo Santos.

(http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=853282)

Como podemos ver existem algumas contradições, mas também existem algumas certezas como a de que temos um grande volume de substância oleosa nas águas da BTS, o que se traduz em Impacto Ambiental Negativo e de consequências como: morte de exemplares da fauna marinha (seja por intoxicação ou diminuição do oxigênio dissolvido na água) dentre estes podemos citar mamíferos marinhos, répteis, peixes, moluscos, crustáceos, corais entre outros, vale lembrar a preocupação com as aves que dependem do ecossistema marinho (talassociclo) para sua alimentação. Sem contar com os efeitos secundários verificados em maior prazo como biocumulação de elementos ao longo das cadeias e teias alimentares o que pode afetar a própria população humana (nem mais nem menos importante) através da ingestão de alimentos contaminados.


Alvaro Meirelles
Biólogo (CRBio 59.479/05-D) e Gestor Ambiental
http://www.grupomeirelles.com/

Um comentário:

  1. Olá cara! Vi o texto e todo blog do grupo. Fiz um pra discutir temas de Filosofia,Sociologia, música... Veja http://mestredosmagos-mestredosmagos.blogspot.com/

    ResponderExcluir

Contribua com seu comentário!