Comunidades da caatinga discutem mercado da sociobiodiversidade
Cerca de 150 propostas entre conceitos, produção, beneficiamento e comercialização, valor agregado e estratégias de mercado, sobre produtos extraídos de forma sustentável do bioma caatinga, foram elaboradas por representantes de comunidades tradicionais, organizações não-governamentais, universidades e poder público durante o Seminário Regional Nordeste: Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade.
O evento promovido pelos ministérios do Meio Ambiente (MMA), do Desenvolvimento Agrário (MDA) e do Desenvolvimento Social (MDS), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado (Semarh), aconteceu no município de Juazeiro, norte da Bahia, reunindo representantes de todos os estados do Nordeste brasileiro.
Durante três dias, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer a realidade das comunidades caatingueiras e promover políticas de conservação e uso sustentável dos recursos florestais do bioma, garantindo práticas eficientes na produção. Cajuí, faveleira, babaçu, carnaúba, maracujá do mato, catolé e pequi são algumas das espécies encontradas no sertão brasileiro e transformadas em matéria-prima por comunidades que sobrevivem da exploração sustentável de plantas e flores, contribuindo para a preservação da caatinga. Frutos, castanhas, sementes, plantas e óleos são transformados em doces, óleos comestíveis, produtos fitocosméticos e artesanato, gerando emprego e renda para a comunidade ‘caatingueira’.
Segundo o coordenador técnico do evento e representante do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Bruno Filizona, as decisões serão consolidadas em Brasília, durante o seminário nacional, previsto para acontecer em maio. “Todas as propostas serão encaminhas ao governo federal, para a formulação de políticas que garantam a sustentabilidade dos biomas brasileiros e a geração de emprego e renda para as comunidades da região”, garantiu Filizona.
De acordo com o coordenador de Diversificação Econômica do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), José Adelmar Batista, as políticas públicas possibilitam atender as necessidades básicas do país, gerando crescimento econômico e estimulando a conservação dos recursos naturais. “A idéia de uma política especifica para os produtos da sociobiodiversidade é justificável porque temos a maior riqueza de espécies do mundo e a metade do nosso território é coberto por vegetação nativa”, explicou Batista.
Para a coordenadora de Biodiversidade da Semarh, Marianna Pinho, o seminário contribuiu para a troca de experiências de comunidades locais e o aprendizado sobre o conhecimento tradicional da biodiversidade da caatinga. “Esperamos que as propostas apresentadas em Juazeiro sejam consideradas em Brasília e que contribuam para uma estratégia nacional de conservação dos biomas brasileiros, respeitando as peculiaridades e a cultura local de cada região”, espera Pinho.
Ascom/Semarh (71)3115.6289/3836
(http://www.semarh.ba.gov.br/noticia.aspx?s=NEWS_GER&id=1288)
Precisamos aplicar os pilares da Sustentabilidade mais vezes. A idéia de salvaguardar a cultura local através da geração de renda é um destes pilares, pois assim o nativo valoriza a cultura local e entende a íntima relação que mantém com os recursos ambientais.
Alvaro Meirelles
Biólogo e Gestor Ambiental
www.grupomeirelles.com
quarta-feira, 5 de março de 2008
Mercado da Sociobiodiversidade - Caatinga
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